21/06/2005

Post novo, pessoal

O Madura tá sem vontade de escrever. Jurubeba escreveu, no máximo, dois posts (a alegria dela era reivindicar a participação no blog; quando conseguiu, necas de escrever). E eu escrevo só pra manter o botecão aqui em funcionamento. Tem também o Ferreirinha, claro, mas ele é imprevisível.
E a galera perguntando quando vai ter novidade no Madureiras...
Resolvi então, pela primeira vez, adotar um expediente malandrex, que todo mundo usa.
Garanto que da próxima vez ninguém vai cobrar post novo.

TUDO VIRA BOSTA
(Moacyr Franco)

O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
Prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta

O vinho branco, a cachaça, o chopp escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta

Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois tudo vira bosta

Filé “minhão”, “champinhão”
Don “perrinhão”, salsichão, arroz, feijão
Muçulmano e cristão
A mercedez e o fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta

O pão-de-ló, brevidade da vovó
O foundue, o mocotó
Pavarotti e xororó
Minha eguinha pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta

Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois tudo vira bosta

A rabada, o tutu o frango assado
O jiló e o quiabo
A prostituta e o deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu tô cansado
Tudo vira bosta

Um dia depois não me vire as costas
Salvemos nós dois tudo vira bosta.

Nenhum comentário: