20/01/2006

4.

Sarah colocou o vestido vermelho.

5.

Carnaval do vazame das águas, edifícios de pedra, escadas, elevadores de líquens bem verdes e rentes aos calçamentos de pedras imensos, num canto de Santa Teresa noutro Piratininga.
Corrimão talhado de madeira escura, na casa branca. No sonho. Começa o interior aos borbotões, as nuvens brancas cegam, ressaltam o tempo estranho.

6

“Sou Feia Mas Tô na Moda”. Alguma coisa aconteceu desde que Marlboro disse que aquilo, o electro, era um funk de butique. Deize Tigrona catou a Peaches no backstage do Tim festival, todo mundo está descontrolado e atoladinho/ Hipercapitalismo? Todo mundo está ansioso e doido pra foder só mas um pouquinho, mas só a Tati sobe no palco grávida, na frente de uma câmera, e “pau na boceta, boceta no pau”.

7

E o assunto é pornografia. O livro mais recente do Irvine Welsh (Transpotting) chama-se “Pornô”. Mas o que eu queria dizer mesmo era dizer eu ADORO a Bruna Surfistinha ou ex-Bruna Surfistinha como apareceu no Leão ontem. Estranhamente feia, sinistramente puta. O Lula achou a Carla Peres dele. Pobre menina rica, puta doidona de cocaína e êxtase., bissesuxual com cara de baianinha e peitinhos siliconados, com sotaque de paulistinha esnobe do Dante. Podia ser a sua namorada se você tivesse mais sorte. Não li o livro dela, é igual ao blog. Tiraram todas as páginas do ar e colocaram no livro. Não vejo a hora de ler os livros que ela vai escrever agora, um de auto-ajuda e outro ensinando as mulheres a trepar como putas.

8

“2046” é você. Me vem em flashs e confunde com o que eu vivi. Pode ser o 1003 daqui ou o 2-48 de Bauru. As nuvens, o sol, as chuvas são sempre diferentes. Estive em Rio Preto 42, Rio de Janeiro nem sei o número. A rua de uma cidade desconhecida, uma surpresa na esquina.

9

"Cinemas, Aspirinas, Urubus”. Odiei esse filme desde o começo, assim como detesto “Cidade Baixa” sem mesmo ter visto. Aprendi com Paulo Francis. Mas de tanto que falaram fui lá vai, filme pernambucano. É um belo filme europeu, parado e esfomeado, com um enredo historinha, até bonitinho. Me amarrei no Ranulfo e sua acidez azeda. Road movies são legais, boa fotografia, talvez seja mesmo o melhor filme nacional do ano passado mesmo. Só falta eu gostar de “Cidade Baixa” também...

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