24/06/2006

Estar totalmente sozinho assombra. Eu penso em pegar o celular e mandar um mensagem estúpida: ainda te amo. O próprio majnun pós-moderno. Se esconde na caverna dos msn bloqueados. Ao invés, eu vim aqui babar uma bobagem qualquer nos teclados, os meus dedos vão soltar o que o meu cérebro quer arquitetar que tudo vai ser mais nem menos que estas de sempre. Não tenho porra nenhuma pra contar, nada que lhe interesse. Talvez eu tenha motivos pra escrever esta eterna carta sem destinatário definido.
Escrever o livro sobre nada, grande sonho. Outro: purificar o coração. Dividir e confortar. Mas não, sonhamos com o que a gente viu agorinha pouco, luzes que vão se apagando, o macaco inquieto, a burrice de querer a eternidade no que é transitório.
Deleta o que você apenas não vê. Aquilo que não existe por não aparecer. Mas você sabe que elas são sendo de carne, músculo, osso e bactérias estão dando por aí.
Você não tem coragem de ligar e ficar sabendo de nada. A dúvida mata.

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