28/09/2006

LIPE LIPE HURRA!!!


Dividíamos o quarto e brigávamos por tudo. Se ela ganhava um vestido cor-de-rosa e eu vermelho, era motivo pra disputa. Se da próxima vez invertiam-se as cores, eu passava a gostar mais do vermelho.
Quando eu queria ouvir música, ela queria estudar. Quando ela queria falar no telefone, eu queria ler.
Eu gostava de ouvir Rita Lee, ela queria ouvir rádio.
You say high, I say low. You say stop, and I say go, go, go...
Traçávamos uma linha imaginária no meio do quarto, onde a baguncinha de cada qual deveria ficar restrita. Nunca ficava. Aquela calcinha sempre ultrapassava os limites do “No Man´s Land”, infringindo as convenções bélicas e deflagrando uma verdadeira guerra nuclear. Diária!
Não foram poucos os hematomas, as equimoses, os arranhões, os xingamentos altos, as promessas de represálias, a cara feia.
Crescemos e, por uma brincadeira do destino, ela veio a namorar (e a se casar) com o melhor amigo do meu então namorado. E, assim, de irmãs impliquentas, fomos “condenadas” a conviver na mesma turma.
No começo foi estranho, nos controlávamos. Com o tempo, no entanto, aprendemos a fazer algo que se perdera nas épocas da infância, ... a nos divertir juntas!
Hoje posso afirmar que, além de minha irmã (o que sempre continuará sendo), ela é também uma AMIGA.
E se amigo é o irmão escolhido, então ela é minha irmã duas vezes!
No dia 23/9 esta amiga me trouxe o presente mais lindo do mundo: FELIPE.
Embora o meu cotovelo sempre tenha sido mais bonito que o dela, admito que seu novo joelhinho é imbatível!

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