23/09/2006

ma que gostouuso!

ma que beleza isso, na hora em que o ferreirinha parou pra ver um cd a mais na galeria do roque (ninguém lá ainda sabia da morte do roquenrol), eu pensei: vou propor a ele fazermos um post cada qual, com as suas impressões do almoço, mas esqueci. agora vou responder ao comment da vica e vejo que tá lá o micropost dele.
não vou falar? vou falar. não vou falar? vou falar. vou falar. aquela piegas história de como é bom notar a amizade de verdade e poder constatar com absoluta certeza, como de fato constatamos: se a nossa amizade começou aos 15 - e vc tb está nessa, golb mequetrefe - e temos todos 31, quer dizer que daqui pra frente a proporção do tempo da amizade vai ser cada vez maior na nossa vida. aê, spinoza! na hora em que pensei ficou mais legal. final do momento emo.
todo o santo encontro com ferreirinha deixa o dia com ar de filme. aliás, ele vai fazer um filme e eu vi que vai ser bom.
(esse post foi interrompido. nesse meio tempo, comi um yakissoba, depositei um cheque vencido, comprei armação nova e passei a maquininha, no Jô Blackpower Cabeleireiru's) O post inicial, a ser proposto ao ferreirinha, ficaria assim.
Spinoza no bolso, saudade. Labirinto chamado metrô são bento. Achei o manezinho (povo novo: manezinho=ferreirinha). Manezim vem querer apertar a mão, que mané apertar mão o quê, dá aqui um abraço, fiadamãe! Manezim feliz por ter encontrado no caminho a menina que tava devendo o dinheiro que deu pra comprar duas goiabinhas, ou algo assim. Desce a ladeira porto geral. e a muvucona. e dá risada. e como sempre, vou soltando o ranço das minhas conversas atuais, vamos chegando ao tom ideal da conversa. ééééééééééé, man, olha só o que verifico agora.
Hoje é comemoração de dez anos da banda do ferreirinha, de nome mercado de peixe. Brindamos aos dez anos do mercado de peixe num mezanino que fica onde? no mais tradicional mercado de peixe de são paulo! Cê tinha se ligado, seu viado? éééééé, man. Virava e mexia a conversa desembocava no golb, esse mequetrefe, esse denominador comum. Porqueirinha, dei a inicial prontinha do meu pai, pra ele poder vir almoçar com a gente e nem assim. Na próxima vc vai, safado. Vou ser mais conciso na descrição do almoço. Ficha 66! Lá estava o Manezim, feliz pegando seu bauru, na tarde dos símbolos, com suas sempre vanguardistas armações de óculos. Dervixe, sufi, machu picchu, heloisa helena, trip hop, atibaia, andre abujamra, jurugolbinha, filha da cris, tata aeroplano, comida, apartamento, trz, poesia, estrutura de linguagem (agora vai! tô com os dois livrões), putaiada, matérias pra bizz e pras outras revistas, prefeitura, concurso, arianne, sociedade proibida, paula mandel, centro velho, banespa, exposições, museu da língua portuguesa, baixo, tudo se desenrolava no filmete da tarde, no caminho do mercadão pra galeria. E foi lá que eu vi a desenvoltura com que o manezim falava com os caras da loja, produtora tal, música qual, pq saiu o disco não sei qual, cantor tal e qual, uma hora quis me trazer pra conversa e mandou um: tá ligado no montgomery? e eu, opa! graaande montgomery. e circulamos no meio dos punks, dos metaleiros e dos emos e o manezim ia me explicando tudo, e eu ia assimilando um terço, não entendia direito as coisas, mas daí achei estranho demais ele falar que os caras do hip hop não usavam mais jaco bucetinha. Eu: quê?? E ele: jaco de cetim, eles não usam mais. E assim a tarde fluiu. Peguei leptospirose pq fomos ao bar mais sujo de são paulo e fiquei com medo que os metaleiros achassem que eu era emo e me matassem, se eu pedisse canudinho pra coca-cola.
Voltei cansado de ouvir a minha voz e meio triste por serem tão poucas vezes que esses filmes passam no cinema. Parece o efeito ilha.

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