22/11/2006

mais um pra vcs me alcunharem biruta

Deve chover muito e muito forte e continuamente no desconhecido lugar onde se formam os meus pensamentos. Eu desconheço-o mas vislumbro-o às vezes, pelos seus efeitos, já que estou aqui, sentado nessa beira de rio e ele, que é manso, por vezes se avoluma e se revolta e traz consigo troncos e pedras, o que leva à inexorável primeira conclusão.

Minha vontade é parar de pescar, recolher a linha e caminhar em direção à nascente, mas a trilha parece ser muito árdua. Portanto, na mochila, além de lanche e água, levarei coragem e método.

Isso porque a viagem terá de ser, além de prazerosa, útil. Sem esses insumos, voltarei a pescar. Não gosto do tédio da pescaria. Nem eu, nem o peixe.

***

O início da viagem, o amarrar da bota, o encher do cantil, portanto, tem de ser a construção, ou empréstimo, desse bendito método, que se situa em outro lugar desconhecido; este, fora de mim.

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