13/01/2007

Quando dei por mim estava na Alô Bebê. Estávamos. Misême, eu e minha camisa violenta de quentin tarantino. Jurubeba disse que minha camiseta é muito forte, pra usar perto da jurugolbinha. Foi tal e qual vestir sunga no tribunal, ouvir ozzy na sacristia, ter ataque de riso no velório, pois todos pareciam concordar com jurubeba, ao me olharem com seus olhares de repugnância.
A missão era comprar um cebolinha de borracha pra jurugolbinha. Ao descobrir a existência de um setor de mordedores, para lá me dirigi. Havia vários personagens, mas do mauricião só tinha mesmo um cascão. Embora a base dos personagens seja absolutamente a mesma, disso não se pode discordar, a missão seria desviada e, por isso, fui até o outro lado da loja, perguntar pra misême o que ela achava daquilo. Convencido de que o cascão seria bem aceito, voltei ao setor de mordedores, quando vi uma japinha de metro e meio feliz da vida mostrando o cascão ao marido. O meu cascão. E futuro cascão da jurugolbinha. As alternativas que se apresentaram resumiram-se em altercar-me com a japinha, tomando o cuidado pra não relar no barrigão, ou ser altruísta e procurar em outra loja. O marido da japinha pareceu indeciso, murmurou algo enquanto ia lentamente em direção à prateleira das babás eletrônicas, numa demonstração clara de que o cascão era desimportante. E eu ali, a dois metros, com minha camisa violenta, velada ameaça a quem se pusesse entre o cascão e eu. E não é que deu certo?
Ni qui a japinha respondeu a algum questionamento do marido sobre a babá, eu dei uma ponte e tasquei o cascão do cabidinho.
Jurubeba, meio chateada por não receber ainda o cebolinha, consolou-me ao celular, ao contar que o cascão era o melhor de todos. Comprei.
Medo deu foi na saída, do olhar malévolo da japinha, que transformou a automática do mr. white em meu peito no tacape do piteco.

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