08/11/2007

uma quinta-feira

Acordei mal-humorado.
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Briguei pela ausência de cuecas no closet. Milhares sendo passadas concomitantemente não pode ser.
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Expliquei pra empregada os regimes de bens no casamento.
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Levei miseme na fisioterapia sem reclamar.
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Levei o terno que o golb me deu, pra ajustar. O alfaiate insinuou que parecerei o didi mocó.
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Chafurdei nos blogs.
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Conversei com um siddartha extremamente cordial, muito embora tenha-lhe trucado uma inexistente expressão latina.
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Disse pro chefe que estava muito ocupado, num momento em que o chefe queria me explorar.
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Comigo não, violão.
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Briguei com o mendigo que, ditos seis ou sete nãos ao pedido de esmola, mudou o tom choroso pra um seco: - vc é ruim, né?, a que retruquei prontamente: - sou sim, ruinzão. E o besta transformou-se em militante do PCC, ameaçando-me seriamente por balbucios ininteligíveis, bzzzzz sou bzzz PCC bzzz atividade bzzzzzz quebrada bzzzzz fica esperto bzz bzzzzz bzzzzzz.
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Cheguei na minha repartição, todos apreensivos e agitados, pois um colega passava mal, parecia infarte.
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Ajudei a socorrer o colega.
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Suponho tenha sido peido encalhado. Mas não levantei a hipótese. Infarte tem lá o seu glamour.
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Impedi que o Município perdesse por volta de 500.000,00. Ao menos por enquanto.
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A culpa não teria sido minha, na realidade.
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E, na mesma realidade, todos imputa-la-iam a mim, se isso acontecesse.
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(pus mesóclise porque ficaria imputariam-na. O que também faz parte da realidade: a putaria de acusar o inocente)
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Trabalhar junto ao poder público requer sapatos e roupas especiais, para se pisar em ovos e se locomover em palpos de aranha.
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Matei o haagen dazs com cobertura da nestlé que a jurubeba me deixou.
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Mandei um bolo de cenoura.
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Matei um pacote de ovinhos de amendoim.
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Arrematei com um pote de geléia de mocotó.
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Reguei tudo com suco de uva.
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Procuro três acórdãos de ambiental pra comentar até domingo.
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Consegui fazer descer o irritante lucro líquido do bradesco. :D
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Vou escovar a arcada dentária
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E dormir coa miseme.
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Boa noite a todos, até amanhã. E tchau procês.