21/01/2008

São Paulo Fluorescente

Sentado no metrô eu vou
Viajar sem destino
Simular no papel
Carne e plástico
Luzes piscando no subterrâneo

A lua reflete na sarjeta
A água empoçada é um espelho do som
Sob um arco-íris neon


Entre árvores de cimento e flores de aço
o tempo é um pássaro
e a mente fica vazia
até que venha um amor neurótico
até que venha um silêncio erótico
e eu arranco num motor elétrico
que me leva onde a luz é azul
que me leva onde a luz é azul


Marginais
Avenidas
Rios, pontes e overdrives

E você chegou...


Na cidade grande
Nem os diamantes são eternos
Na cidade grande
Ninguém é importante

Somos só
Polaróides da alma
Somos só
Celulóide do sonho