22/03/2009

A Festinha da Natália

Vista por um convidado, no caso, eu aqui.
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Teve uma hora que falaram: festa de adulto.
Afirmação parcialmente corretíssima. Tudo bem que eu me empanturrava com uns crepes de chocolate no palito. No final, o garçom até já ia me apontando na bandeja qual era o de chocolate, nem perguntava mais 'aceita senhor'. Os cachorrinhos quentes e as mini pizzas também atestavam e o castelão da cinderela não deixava dúvida: aquilo tudo era festinha da criança-princesinha linda de vestidão azul e coroa piscante de rave (érre rodelinha pra val). De tempos em tempos, a turba mirim adentrava pela porta de fora imitando sapinhos, cruzava o salão e saia pela porta de dentro, sem deixar rastros nem coaxos.
E aí foi a explicação: a turma de monitores contratada pela jurubeba promete uma festa e dá duas. A das crianças, que se esbaldam numa outra sala, ou no play, e a dos adultos, que se esbaldam no salão de festas. De birra, não troco o verbete: Michaelis (lembrei da michela quatrociocche, aiai) diz que se esbaldar é trabalhar com afã, afadigar-se. Aurélio nem diz nada, mas lá em Atibaia esbaldar-se é aproveitar ao máximo.
Enfim, vc paga uma festa e leva duas.
Embora eu não tenha confirmado o fato com nenhum petiz, a feliz fadiga que demonstravam, carregados pelos pais despedintes no final por si só comprovaram o acerto da jurubeba em contratar a equipe e também o acerto do verbete do Micha (o apelido da Michela é Miky, tá no website oficial dela) (aiai).
O seo artur, a dona assunta, o seo dias, a dona andréia, a alcione, o fernando, o marcelo, a adriana, a glaura, o mateus, o luciano, a paula, o don los, a val, o dirceu, o tércio, a esposa do tércio, o carlos, a fernanda, a carla, o eduardo, o arnoldo, a dani, a carmen, o wagner, o hermes, a adriana, os parentes do golb, a ana maura, a miseme, eu e quem mais eu esqueço nesse momento não nos esbaforimos, não trabalhamos com afã nem com fadiga, porque infelizmente não nos convidaram a cruzar o salão imitando sapinhos, mas nos esbaldamos, na acepção atibaiense do termo.
E aí, quem é das antigas sabe. Esse casal é bom demais de dar festa. Na verdade, o espírito do pelejão pra sempre vai povoar essa mistura de gaúchos com sãomanuelinos que redundou nas memoráveis noites, transferidas para o atual clabã, de onde só se sai mediante vassoura atrás da porta, donos da casa de bocejos, pijama e peignoir no sofá ou então boa-educação, que faço questão de esquecer no carro, tudo no afã infatigável de me esbaldar até a última gota do café da jurubeba, como em boa hora manda a tradição (por mim criada, érre rodelinha pra tradição).
A jurubeba é festeira por natureza e, mesmo atarantada, aparece de repente surfando de boa com a Maria, que ilumina tudo de relance e volta pra riba de soslaio pra dormir. O golb tá finalmente aprendendo a ficar nas suas festas, como é mesmo? socialzão. É que ele fica tenso, vai entender. Perfeccionista, precisa imitar um pouquinho mais de sapo e perceber a alegria que ele proporciona naturalmente quando nos chama pra celebrar o aniversário das suas cinderelas (tá, o plural antecipa um pouco as coisas, mas é válido).
Em suma, se esse post fosse filme eu ia fazer subir os créditos finais pros quatro: golb, juruba, cinderela e maria, tocando um funkzinho como nos gusta e mostrando a cena de todos nós, petizes, agradecendo aos coaxos e pulinhos, cruzando o salão.

4 comentários:

Anônimo disse...

fantástico.
fiquei com saudades de conversar mais com a sua pessoa na festa.
só uma coisinha, é tomás e não mateus...he he
tás gostando de atriz italiana, chico?
jurubeba

Madureira disse...

putz, errei o santo?

Anônimo disse...

Foi exatamente isso que seo dias disse.

Daniel disse...

ah eu queria... :(