Essa cidade assim, depois do vento e do caos
Essa cidade seria depois do sexo.
Vestida de cimento e imagens, recatada, pudica e desconfiada
Eu adivinharia pelos que se arrepiam nos braços
Dessa cidade, quando se faz que se os toca, sem tocar.
Vista assim, dessa varanda, oferecendo o frio sob meus pés
Essa cidade dormita sorrindo, embora tarde.
Séculos, guerras, bucolismo e expansões
Parcas e tênues rugas no olhar dessa cidade
Que, moça, chora calada a sina dos seus filhos
Sente-os feridas, num cuidado solitário
Reza confiante, por sua comunhão.
A cidade vela por mais luzes que as vistas
E nutre, por mais caldos que os da mera digestão.
A cidade enfim espera, num gemer de Alvares
Num mirar de Mario, num esgar ( :o) ) de Oswald
Num enquadrar de Campos, num piscar de Arnaldo
Num gozar de Rita, num riffar do Edgar
Aos finais dos dias, inspira flertando serras
Sorve seu café, ao perdoar o egoísmo da indevida acumulação – trash pop
Apaga seu cigarro, ao abençoar a esperança da conscientização – hip hop
Casual e elegante, sim, veste-se
E se diz novamente pronta, para o vento e para o kaos.
(um viva pra vc, Jorge Mautner. Diz pro Dionísio que eu mandei um abraço a ele)
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