14/02/2007

Considerando: que a intimação de Allan pra mim é publicável no Diário Oficial;

Considerando: que eu duvido que os demais madureiras tenham lá suas virtudes ecoconscientes (à exceção de bisturelo, talvez) (alfineeeeeeeete);

Considerando: que eu não perderia uma chance destas de autonomear-me representante da comunidade;

Considerando: que finalmente encontrei um joguinho relevante (joguinho pra não falar corrente, que me lembra o soldado das Filipinas semanal na caixa de correio).

Decido: participar e responder, pedindo vênia pra ser do meu jeito.

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“Poste 3 atitudes ecoconscientes que você praticou/pratica/pretende praticar na sua vida (ou na sua casa, no seu trabalho, no boteco, etc.) para melhorar a situação ambiental do planeta Terra.”

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PREÂMBULO (e os preâmbulos costumam ser maiores que o corpo principal)

Saia-justa total, tenho que pensar e pensar pra lembrar das minhas atitudes ecoconscientes. Tudo o que me vem à mente penso não valer: apago as luzes porque minha mãezinha em miniatura grita no meu ombro direito que não sou sócio da light. Logo, o fundo é econômico, não ecoconsciente, não vale. Recolho lixo deixado por outros nas trilhas. Não faço uma trilha desde julho de 2005, então não vale. Já sei!

  1. Ao porco do motorista da minha frente que joga lixo pela janela, meto-lhe o buzinão nos cornos. Com a tremidinha que seu carro dá, fico imaginando a linha de seu pensamento: “mas eu estou fazendo tudo certinho, velocidade correta, sem passar da faixa, faróis ligados, luz de freio funcionando, só joguei aaaaaaaaah, sim, joguei o pacotinho de baconzitos, ele buzinou por isso”. Taí: utopia ou não, atitude ecoconsciente.
  2. Eu separo o lixo pra reciclar. Tá certo que o condomínio todo faz isso, mas podia dar preguiça e burlar, os sacos de lixo são todos pretos, ainda assim eu separo direitinho. E é verdade, Allan, aqui também não pode ter aquela mussarelinha da pizza, aquela natinha na borda do longavida, que os caras não aceitam.

ENTREATOS

Saia-justa novamente, será que SÓ tenho duas atitudes ecoconscientes e, mesmo assim, capengas desse jeito? Não é possível, eu tenho uma foto do greenpeace pregada na porta do quarto na casa dos meus pais desde os 15 anos, ouço muitão Midnight Oil, devo ter alguma atitude mais, vou vasculhar o cerebelo, peraí (...) gente, o tempo passa (...) Voltei ao Allan pra colar, mas só plantei até hoje uma dama-da-noite, e o fundo agora é olorífero, não ecológico. Cáspita. Opa!

  1. A água! Não consigo desperdiçar água mais. Sinto raiva qdo vejo desperdiçarem. Orientei o faz-tudo que é um absurdo lavar a calçada, dei bronca lá em casa pra não deixarem a água pro cachorro aberta na torneira, banhos demorados são pretéritos. Continua capenga, porque não chego a economizar, apenas não desperdiço. Mas uso com racionalidade.

De verdade, essa preocupação tem aumentado em mim. Os debates sobre as conseqüências da ação humana no planeta têm se aproximado da quina da parede, do bico da sinuca. Será afetada não somente a sobrevivência daqueles doidos terceiromundistas; o universo é maior, abrange os terráqueos. O globalize já não é estanque, nem de povos, nem de aspectos a serem globalizados. Tem pro doce e pro salgado, tem pro bem e tem pro mal. Percebam que a pergunta que ser faz em 2007 não é mais SE, é QUANDO. Mesmo a pergunta COMO, mudou pra EM QUE GRAU. Vale dizer, senhores, fodeu. Pululam os primeiros versos de: ‘se já fodeu, como vamos conviver’? E nisso, as perspectivas se tornam mais claras, a convivência em questão não é mais a dos humanos com os problemas por eles causados, passa a ser também a convivência entre o vale do silício e o do ribeira. Taí o componente faltante. Todos responsáveis, todos solidários, jurídica e sociologicamente. Claro que isso ainda está no comecinho, mas a nossa geração ainda pega, ah, pega, desde o comecinho dos malefícios, até o comecinho da mudança, realmente geral, da mentalidade.

Como sempre, fugi do tema, fugi do postinho, fui confuso, mas vcs me perdoam. Valeu pra verificar que posso fazer mais dessas coisinhas aparentemente poucas.

Eu deixo aqui a perguntinha ali de cima esperando outros posts, aqui ou em outros blogs, pra comparar e pensar. Bratz e, sim, por que não mais Paz e Saúde, dom Allan?

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