31/12/2004

FELIZ 2005

Help City Paradise. Foram as três primeiras palavras pensadas quando acordei ao som de uma gralha ou algo que o valha (não pude resistir a mais essa rima infame), no apartamento ao lado, no Edifício dos 40. Help City Paradise era ainda mais pacata quando da construção do edifício de dez andares, quatro apartamentos cada um. Não tem nome de reis, de lugares bonitos, de filhas do construtor, é o melhor nome do mundo, 10x4 = Edifício dos Quarenta. Destoa, gosto e durmo nele, algumas noites, a cada ano.
Topei o dedinho na cama desfamiliarizada, baguette com nutella, vim descendo pra comprar a Folha, que acabara, precisava saber algo sobre a Emenda do Judiciário e sobre as PPPs, mas agora não quero mais.
Vim pro orkut e vi a musa das musas no colegial. Inatingível, a segurança em pessoa. Num churrasco, desceu ao patamar dos mortais pra dizer a um madureira estupefato: não é que maconha vicie, é que é muito bom, sabe? Não dá vontade de parar. Madureira pensava se ela tinha falado mesmo maconha ou era só cigarro, dada a naturalidade. Minutos depois, era jogada sem resistência na piscina, de camiseta branca, sem soutien que estava. Os mortais todos, em nosso patamar, repetiram minha muda e instantânea reação facial.
Enfim de novo, o rosto da musa das musas arredondou. Casada, tem dois filhos e um sobrenome relevante. Senti então o que se costuma, no último dia do ano.

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