06/01/2005

FELIZ 2005 (título certo: COMPREI UM TIKU TAN)

Na volta do banco, passei na loja obscura no meio de bambus, perto da esquina, que permanece trancada, vc tem que apertar a campainha e esperar pelo japonês véião (lembrei do dono da peixaria, do kill bill). Se a finalidade dos produtos é desconhecida, imagina a procedência então. Só sei que todos são feitos de carvão de bambu, que, em japonês, chama tiku tan. Daí eu comprei um deles, vulgo anti-mofo e desodorizador de espaços internos, pra ver se tira o budum do gabinete dos copos. Vcs que são amigos da minha neurastenia, talvez ainda não saibam que eu odeio ingerir líquidos aqui em casa. Porque desde que casei e vim morar aqui, o armário dos copos tem um budum sobrenatural. Vc tem que deixar o copo dois segundos (não pode ser um só) debaixo da água da torneira, que sai, mas é chato isso. Eu já fiz de tudo: tirei a suspeita número um, que era a toalha de plástico, falei pra empregada (saudade da tonica...) lavar todos os copos de uma vez e limpar o armário; virei os copos pra cima, voltei pra baixo, de ladinho dizem que é bom tb, ops; o budum lá, soberano. Se budum sorrisse, daria pra ver um pequenininho de canto de boca, vitorioso. Nem se diga seja a água, pois os pratos, as panelas e os talheres não têm budum. Só faltava mesmo comprar um tiku tan.

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