20/04/2005

Ao fixarmos os pontos controvertidos,

... reduzimo-nos a:
a) o vinho 1974. Depois de tomarmos o red label da sala, ingressei furtivamente no escritório de meu pai e subtraí um vinho branco. Já breacos, olhamos a safra: 1974. Pensei: será que devo? uma safra tão antiga, o vinhão deve ser bala. Decidimos vertê-lo. Por semanas, falávamos do vinho 1974, muito bom, muito bom, até que volto ao escritório e vejo garrafas semelhantes. Fui conferir a safra, e na verdade não era safra, era um rótulo do vinho mais chumbrega, daqueles padrões: "desde 1794". Lêramos errado. O vinho era (atenção para a grafia) um lifromich qualquer e tal fato entrou pro rol das demais desilusões adolescentes.
Na verdade, esse fato se deu somente comigo e com o ferreirinha, mas eu juntei com o causo, real, do uivo, pra ver se dava liga.

b) o filme de gota. Eu gosto de filmes europeus, não caiam nas maledicências deles. Filme de gota é o estilo preferido do golb: a imagem de uma gota se formando (olha que fotografia! olha o lirismo! olha o arquétipo tal sempre presente no imaginário do cineasta!) por uns quinze minutos, cai lentamente num lago azulado (ou balde velho mesmo, tanto faz, eu não entendo de arquétipos) e forma sucessivos círculos concêntricos, por outros quarenta e cinco minutos. Miríades de explicações pra gota. Ah, vavavá... o meu negócio é Kill Bill! é Roliú!!!

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