01/04/2006

consoante paulo miklos eu não tenho nada a dizer mas eu digo eu sinto apenas que nada sinto no momento que valha a pena ser dito eu quero transformar o eu em nós isso eu digo e sinto eu quero sair pra comer o sol sem queimar a língua tenho saudade do tempo em que a lua era o queijo do rato da história mas sem auroras da minha vida minha ex namoradinha não gostava do aurora em seu nome mas sem auroras da minha vida eu gostei desse azul do céu de agora mas por que então minha janela está fechada eu quero pegar desse azul do céu com a mão em concha e passar no braço costas peito tudo eu quero marretar tudo o que me atrasa já que chutar o que me atravanca não pude eu quero voltar a enxergar poesia no metrô preciso fazer terapia com fabiano alcântara preciso precisar mais das coisas e das pessoas não não mais ainda não eu preciso mirar como o conde de kent que ao ouvir a ponderação de que o arco está curvo e teso evita a flecha respoondeu que ele ao contrário dispare mesmo que a ponta atravesse a região de meu coração eu quero deixar de escrever como o adolescente freak que já fui eu quero que tudo vá pra puta que o pariu com o perdão da má palavra mas sublimem já que isso não passa de uma tênue marretada de um louco lear que divide seu parco reino em troca de doces ilusões

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