13/07/2006

satisfação!

Esse é o conhecido jargão da comunidade, um feliz uso de um termo que expressa fielmente o sentimento. Senti satisfação quando li o post do Allan espremido no espacinho dos comments. Isso é departamento do golb, allan, tb acho o fim da picada esse limite de mil letras. É que o golb sucumbiu ao poder da globo, há mais de ano atrás, e mudou tudo aqui, pra ficar com padrão global e olha no que deu.
Ao pensar no motivo da satisfação, fui vendo alguns, como a grandeza e qualidade do conteúdo, a forma leve, a afinidade de idéias, mas esses não alcançaram o status de "duro da bolacha". Pensando mais, concluí que o motivo principal é a percepção de que eu não estou sozinho. Não que pensemos da mesma maneira, nem de maneira diversa, mas porque simplesmente pensamos. Conheço um a um os componentes da comuna (opa!) e sei que eles pensam também, até por isso judiei da catilina (meu pai vive me contando a história, mas eu não consigo afastar a idéia de que a catilina era a paixão do ciço, ela uma romana de cabelos longos e castanhos, ele um falador inveterado como a gente). Enfim, azar da comuna, deu vontade de falar mais.
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passei os últimos seis meses tentando aprender metodologia científica e descobri que o raful mesmo é conhecer os pensadores da arte da educação. Discutimos pedagogia, discutimos os problemas brasileiros, chegamos à velha conclusão, voltamos a discutir, deu pra finalmente eu conhecer um pouco de um dos meus, por que o constrangimento?, ídolos, o Paulo Freire.
a professora é o braço direito de nosso futuro ministro da educação, se o alckmin fosse ganhar, uma moça que sabia muito dos meandros, conhecia a lei de diretrizes e bases, o que rendeu uns bons arrancarrabos, com uns revolucionários de areia da praia lá.
o que a minha timidez não deixou berrar, mas escrevi, na prova de conclusão, foi um resumo desse desabafo todo, no que tange à educação. Foi mais ou menos assim:
cada um com seu pacote de tostines na mão, os alunos chegamos à conclusão de que o país não sairá realmente do buraco enquanto não cuidar seriamente da educação. Algumas bolachas depois (bem molinhas), a outra conclusão foi a de que jamais será possível cuidar seriamente da educação, enquanto o país não sair do buraco.
Foi nesse momento que eu larguei o tostines e passei a xingar uns cataventos (esqueçam o quércia, peloamordedeus), porque só se nós, pessoas de bem com um mínimo de cultura, segurarmos o touro à unha e começarmos a ensinar, a alfabetizar, a discutir com todo mundo, pode haver alguma chance de que a geração seguinte, ou a outra, comece a criar condições de mudar. Tem que começar ontem! Porque senão a natália e o futuro tiago vão ficar discutindo que a solução pro país é a educação.
Só que tem que dar um jeito de se infiltrar no lodo fedido do poder instituído. Porque senão, haja cataventos. O que passa na globo se vê na margem do amazonas, nos campões do sul. Tem tecnologia, tem espaço, tem tempo. Tem que chegar como o fiscal chega na favela: olha, trafica aí sossegado, cada um na sua, eu só vou ver se algum casebre vai cair, pra dar um jeito de evitar. Tem que enfiar as botas sete léguas no lodão e usar as oportunidades que porventura aparecerem. Método Paulo Freire funciona! Não é caro! É viável!
Vai ter um dia em que eu vou tomar uma cangibrina que vai se alojar em algum canto do cerebelo e não vai me deixar desistir de começar a fazer a minha parte.
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cara, tem tanta coisa no post esprimido do allan pra prosear, vamos aos poucos, se não a comuna chia. bratz pra todos! avanti populo! (brincadeira, eu já fui tucaninho, quando os tucanões também o eram).

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