12/07/2006

vamos ver o que tem pra falar: as causas todo mundo já sabe, falha na educação, desestruturação da sociedade e outras; o que tem que fazer a longo prazo tb, educação básica, desenvolvimento e tal; a médio prazo, rede de inteligência da polícia, informatização, privatização dos presídios etc, blz; dá pra fazer algumas comparaçõezinhas, umas metáforas inteligentes, uma sacadinha, blz. Vamos ao duro da bolacha.
A Constituição foi feita logo após a ditadura, em que o Estado matava civis que reputavam perigosos à segurança nacional e tb guerrilheiros. Isso justifica a cautela extrema e um sistema que se quis fechado pra defesa desse mesmo Estado e pra lenda da sociedade civil organizada (um post pra lenda, cobraí, golb). Quando o pececê impediu que eu voltasse pra sp naquela segunda de maio, a primeira coisa que fiz foi sapear a Constituição. Não vou pegar de novo pela preguiça, mas de orelhada temos o estado de defesa e o estado de sítio. temos também o estado de guerra, mas de guerra externa. Os requisitos são tão estritos e demorados, que inviabilizam uma operação mais prolongada de combate ao crime organizado.
quem me conhece sabe e quem lê isso aqui me conhece. Eu não sou ou, pelo menos, não pretendo ser, reacionário, sectário, conservador. Mas... (o perigo do mas demanda cuidado).
Mas nós estamos vivendo sim um estado de guerra civil interna. Que não é fomentada por uma aspiração política libertária ou nem contrária ao governo, mas sim por uma organização contrária ao ordenamento jurídico e político. A bolacha tá amolecendo, vamos retomar.
A Constituição de 1988, a Lei de Execução Penal de 1984, o Código de Processo Penal de 1941 e o Código Penal de 1940 não são adequados a combater o crime organizado.
Muita gente como eu foi trouxa em outras ocasiões, propondo a flexibilização de garantias e direitos pra debelar uma situação extraordinária, pq dali a pouquinho tudo voltaria ao normal (ai, ramificações de posts, cobraí gorbeto), mas o que fazer?
O pececê não quer tomar o poder. nem vamos entrar no mérito de que ele pode dar suporte a outros movimentos, por enquanto legítimos. Acontece que até lá, eles vão continuar matando muita gente. e nós estamos paralisados. Por enquanto eu só rumino o uso de muita força do Estado, sem medo. (continua).

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