21/11/2006

1ª da Série Boatos

Dizem que o fusca é um carro que dura muito.
O que nunca contaram é a história do engenheiro da VW, responsável pela inovação mecânica do charmoso automóvel, e que um belo dia resolveu fazer uma experiência.
Consciente das qualidades do carro, de sua estrutura e de sua simplicidade - que o tornaram o mais longevo entre os meios de transporte - o engenheiro resolveu criar, especificamente no ano de 1970, toda uma safra de fuscas defeituosos, bichados mesmo.
Os únicos carros decentes fabricados naquele ano foram os de cor laranja. A idéia era checar seu destino dali a 30, 40 anos. Seria um segredo só seu, e lhe daria um prazer secreto observar, no ano 2000, somente fuscas cor-de-laranja passeando nas avenidas.
É claro que os defeitos não seriam evidentes, até porque, se o fossem, resultariam no desmascaramento do engenheiro e na perda de seu emprego. Seriam, em realidade, sutis, a serem descobertos com o tempo, boicotando sua longevidade. Essa seria a expressão de sua genialidade, sua obra prima secreta.
Ou seja, 5 anos depois, o fulano que comprou um fusca 70 azul calcinha teria um furo no radiador. A beltrana que economizou e realizou o sonho do fusca amarelinho, teria um baita problema no carburador, mas isso só nos idos de 1980.
Esses e outros detalhes impediriam que estivesse vivo e ativo até hoje todo um exército de carros teoricamente fortes como touros.

Essa história é verídica. Basta notar que a grande maioria dos fuscas que encontramos em trânsito por aí é cor-de-laranja, geralmente do mesmo tom. Reparando bem, são todos da década de 70. Se alguém achar um fusca de 1970 de outra cor, verá que a pintura não é original.

O engenheiro? Morreu em 1987.

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