06/12/2006

Quando o ferreirinha liga e escolhemos um entre os milhares de assuntos disponíveis para uma conversação, eu fico feliz.

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Quando a jurubeba me manda um e-mail de felicitações, eu fico feliz.

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Quando eu lembro da jurugolbinha descobrindo o mundo, eu fico feliz.

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Quando eu vejo a miseme com a maior naturalidade passeando com a jurugolbinha, eu fico meio assustado. Mas, feliz.

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Quando o golb me manda por fax (por fax, danifisha) uma cópia de notificação, eu fico com raiva. Não dele.

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Quando eu penso em algumas circunstâncias que vêm sendo uma espécie de pano de fundo na minha vida, eu sinto medo.

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Em seguida eu visto um capote de coragem, daqueles antivento, com gorro, esquenta pra caramba.

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Quando eu coloco uma aparente simples listra na faixa do meu dogi, eu fico feliz.

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Quando eu lembro do meu cachorro, eu sinto saudade.

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Quando a miseme está cochilando do meu lado, eu sinto paz.

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Quando eu penso no tanto de coisas que sempre tenho que fazer, eu sinto cansaço.

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Quando a minha irmã passa na residência de pediatria, eu fico abismado com o tempo.

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Quando meu irmão me telefona, eu tenho vontade de protegê-lo.

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Quando me fecham no trânsito de propósito, eu persigo, mando o dedo do meio, xingo a mãe. Depois faço o sinal da cruz e prometo que nunca repetirei o ato.

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Quando a vizinha pelada acende a luz, eu espio. Ué. Mas shiu, também.

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Quando eu leio os blogs dos amigos, eu fico feliz.

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Quando acaba a luz, eu toco violão. Unplugged. Re-ré.

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Quando o futuro se apresenta, eu sinto confiança.

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Quando, não contente, a vizinha tira a carçola, eu arregalo os olhos.

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Quando bebo licor de jenipapo, espanto-me com a durabilidade do referido licor.

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Quando vejo a bagunça que me rodeia, disfarço e vou assistir TV.

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Não teve um final bacanudo. Mas serviu pra baixar a infâmia do golb.

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