26/05/2007

estudando física quântica. nunca começar uma frase com gerúndio, quanto mais um texto. Mas eu fui enganado pela mesma professora que me disse isso, então gerundio mesmo, sem dó. afins de dar uma gerundiadinha aí? chega a parecer algo entre mongo e lascivo. oba, frases curtas, está voltando a vontade de escrever. perdi o encanto. de escrever e dirigir. a batida foi culpa do louco fiadaputa. não o louco do cebolinha, esse é o golb, é meu pai adotivo. o louco fiadaputa é o que anda no canteiro central da domingos, à noitinha. aí me abre o farol (ortopé pq vc é jovem, farol pq sou paulista). vejo o louco, mesmo estilo de sempre, sem camisa, fazendo joinha pra todos os carros. nada diferente. todos avançamos, de boa. aí o louco me inventa de voltar correndo de ré. eu olho pro lado pensando: seu louco fiadaputa, se vc tropeça os carros te destroçam, tonto. Pensei olhando pra ele, no que volto pra frente SCRATABRUNCH. Já era a integridade do Michael Jay, já era a minha noitinha sossegada, a primeira da semana (e era sexta). Pq o fiadaputa do motorista da ambulância faz uma conversão proibida, o estudante de direito tranqüilão pára o fiesta, a publicitária chatinha e estressada pára o clio e o ex-criador de canários não consegue parar o pobre do seu michael jay. Nada a ver deixar aqui essa historinha, deixo em homenagem ao trabalho que deu pensar se esse para tem acento ou não. eu sempre acho que escrevo errado, seja com ou seja sem. E o pai do Jorge Mautner dizia assim pra ele: meu filho, aprenda, aconteça o que acontecer, faça vc o que vc fizer, vc estará sempre errado.
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Dias antes (dias lopes: lourenço mutarelli diria: associo), na mesma noitinha, eu fazia minha apelação quando me liga o cliente. Droga, essa história não escreverei, pos teria de omitir as partes mais legais. Isto posto, gauchada, venham logo pra sp pra ouvir como se forja um criminalista semiótico à base da bolacha maizena, justice e law&order.
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mas eu lhes dizia, seus cambada de mente aturdida, que eu joguei o não-ter-passado na fuvest nas costas da professora de gramática. O Ígi falava aos quatro ventos, diante de sua padaria, qdo me via, que eu longe iria, pois no segundo colegial já passara em história na usp (e o ígi sem a usp é futebol sem bola, ou sem foot). E bem eu ia, e bem eu fui, em matérias nas quais o sucesso era insondável, como biologia e química. Estudei biologia e química. Ocorre que não estudei redação, pq a fiadamãe da professora só me deu dez, desde a primeira, no primeiro colegial, até a última do terceiro. Isso lá teve o seu lado bom, pq me sobrou o tempo necessário para tomar vinho barato com o ferreirinha, ou tentar convencer o golb a jogar basquete em vez de futebol. Mas quando lancei uma de minhas neopaulocoelhetespunkrockaipiras tergiversações, o examinador da fuvest foi impiedoso. E, ironia, se eu tivesse ido bem em redação, eu teria passado. Tá bom, vcs me retrucam agora: vc estudou um ano no cursinho, já sabendo que as neopaulocoeplá simplesmente não funcionariam, e mesmo assim não passou na fuvest. Eu falo então touché, lembrando agora que estudo física quântica e esse lance da unicidade da materialidade objetiva é conversa que o josé newton contou pro boi dormir, e na qual vcs acreditam piamente. Ou seja, prefiro minhas versões de blog. E, mais, mantive-me afastado das arcadas, mas conheci minha mulé, a bisturi e a jurubeba, passeadeira. E prefiro essas três moleres às bigodudas da são francisco (isso quem fala são as da puc, não eu).