16/02/2009

Aí eu disse que ia, mas acabei não fondo, vim pra cá escrever ao leu, não ao leo, pq o último leo que conheci era o filho da dona anita que me emprestou a motoca e eu fui na estradinha e não sabia virar, então eu resolvi ir indo, e de fato fui fondo, orando pra chegar alguma clareira maior que pudesse virar, e foi escurecendo e eu chegando no japão, o leo e a dona anita eram japoneses e nada da estradinha alargar, até que a estrada acabou, a motoca morreu, o sol se escondeu, e agora zezé.
Escrevo pro leu por culpa do golb, que se recusa peremptoriamente a mandar um comentariozinho de nada nos meus posts chistosos, e eu to com saudade e geleia de mocotó sólida é ruim e fedida demais.
Escrevo pra mim, numa crise de raiva de fachada devotada ao otto lara, que me expôs a verdade de que sou um autorreferente, acordo ortográfico: vtnc!
O otto lara escreveu no livro que o golb me deu e eu ia fazer o post ao vivo, mas tava todo mundo atarantado na casa do golb e acabou que esqueci.
Eu ganhei um livro de aniversário, as cem melhores crônicas brasileiras. Eu gostei muito, porque gosto de crônicas e fiquei agradecido e pus na cadeira dos presentes e depois trouxe pra casa, cheirei o livro e tudo. Adoro cheirar livro novo, dá um barato socialmente aceitável que é uma maravilhazinha.
Na semana que sucedeu o presenteio me veio a necessidade de comprar as coisas pra viagem. E daí, ó, eu sei que não deveria falar isso, mas é um mea culpa, um mea maxima culpa que tenho que dizer, porque no fim deu tudo certo, se não não falava não.
Eu tenho um livro parecido, os cem melhores contos brasileiros. E eu comecei a ler, mas não sei por que não engrenei, livro tem disso de hora certa no lugar certo e eu sei que olhei pros cem melhores contos e pras cem melhores crônicas e aquilo tudo virou umas duzentas tarefas que poderiam ser inacabadas e daí resolvi que fui trocar o livro, pronto, falei.
Fui trocar o livro, pq tinha selinho de troca, e eu sei que isso não se fala, mas fui trocar, peguei o livro, pus debaixo do sovaco, fui pro shopping trocar o livro. Que coisa feia que todo mundo faz mas ninguém fala, ninguém aqui solta pum, tá certo?
Aí aconteceu a coisa boa que me enseja falar, eu na saraiva com o livro no sovaco e indecisão no cerebelo, querendo trocar, com culpa e remorso, pq sou bobo, coisas incutidas na primeira infância como cavalo dado não se olha o dente, mas inventaram a porra do selinho de troca e eu passava de gôndola por gôndola, sei lá como chama aquilo e nada pareceu superar as cem melhores crônicas brasileiras.
Aí eu peguei um livrinho que era livrinho de rico em fernando de noronha, piquitinho assim, não me recordo qual é agora, era capinha branca, estilinho mamãe sou cult e to aqui em noronha de camisa de rico, bermuda de rico e livrinho de rico cult.
Nisso dei a derradeira cheiradinha nas cem melhores, pus de lado com aquela leviandade de livro de capinha e conteúdo brancos e pensei: mas que porra é essa.
Repara que essa frase abre portais e impede cagadas. Tá nhenhenhém? Indague sincera e irritadamente: mas que porra é essa!? e teu caminho verdejará.
Eu trocar as cem melhores crônicas por umas vinte e cinco desses semquefazer que usam óculos de armação de acrílico e cabelinho tampando a oreia, vituperando iniquidades como ai, mamãe, que ódio que me dá quando o abridor de lata engasga na tampeeenha.
Eu não, meu irmão. Eu quero joão do rio, quero machadão, quero oswald, de quem disseram ser eu a reeencarnação (e ela, a pagu), eu quero o mario prata e o ubaldão duro-na-bolacha, eu quero cem, duzentas, trezentas crônicas brasileiras, pra fazer peso mesmo, junto com a máscara de mergulho, pra filha do sargento pincel dizer que cara incoerente, acaso ela tivesse um pensamento assim, mordaz.
Aí eu fiz questão de deixar o livrinho branco na bacia das agendas e, golbery, ganhei o mesmo presente duas vezes. Troquei porra nenhuma.
Livro bom, povo, é aquele que as trinta últimas páginas são lidas de soquinho, pra não acabar rápido.
E eu, jurubeba e golbery, nesse livro que cês deram, sou o muhammad ali.
Boa semana a todos.
*
Não era o que eu queria escrever agora, mas foda-se.

11 comentários:

Anônimo disse...

Uma vez também ganhei este livro (o dos cem melhores contos) e troquei
Magoei-me pelos outros tantos contos lindos que ficaram de fora

Veve

Golb disse...

Resumindo o post para os leitores preguiçosos: O Madureira só não trocou o presente que Jurubeba e eu demos por falta de opção.

**
Quando publicarmos o livro com os 100 melhores posts do blog (ainda estamos em fase de negociação com as cinco editoras que nos procuraram), este post certamente vai estar lá.

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Se não erro na conta, agora só falta escrevermos outros 12 posts para completar 100.

Golb disse...

Vevenilda, vc conseguiu: estou com raiva por não saber quem és.

Madureira disse...

Veve, eu tenho ele aqui e não to usando (os melhores contos). Quer emprestado? É só dizer quem vc é.
*
Golbery, o que importa é que no fim eu não me arrependi! Entendeu, Joe Frazer??

Madureira disse...

Golbery, dois favores:
Leia isso, qdo tiver um tempinho:
http://www.umsabadoqualquer.com/

E coloca na listinha dos favoritos?

Agradecido.

Golb disse...

É pra já, colocarei na listinha.

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Muito bom, né?
Eu já tinha visto no Jesus Me Chicoteia.

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Certamente vc não viu lá, pois teria indicado a fonte.

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Incluirei também nos favoritos o LulaLOL.

Se chiarem, retiro. O silêncio será considerado aquiescência.

Madureira disse...

A citação de fonte cabe quando se diz algo dito por outrem, para não virar usurpação, como certas pessoas são useiras e vezeiras em praticar.
A menos que vc sinta o legalzão por ter "descoberto" um site, Joe Frazer. Não é o meu caso.

Madureira disse...

Que agressividade, né?
Deu remorso, golbery.

Golb disse...

aaaaauhauhuahuhaua, acusou o gorpe.

Golb disse...

Que mané remorso o quê.
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Já atualizei a listinha.

Carla Arend disse...

sorte tua. pior eu que ganhei um "sidney sheldon" com selinho de troca e dedicatória. né. eles não aceitam trocas rasuradas.

=/