09/07/2007

"quem sou eu, quem é vc...", diacho, pior que uma música na cabeça é um verso que se pergunta "de que música sou mesmo?".
Acabo de chegar de São Thomé de todas as letras, um dos lugares que arrumei pra serem meus. Saudade de vcs tudo, seus cambada de batatudo.
Não me perguntaram, mas digo mesmo assim que, em lá chegando, parei e pitei. Quis muito ver um ufo, um ovni, um discão, uns ets zoiudos que me levassem passear no espaço. Quis sim. Mas vi nada. Fiz minhas trilhazinhas, vi minhas cachoeiras, fiz uma coisa meio mística meio sei quê lá, que me deixa pensando muito desde então. Ontem arrematei com mais um pito, me desculpe, vô bendito, mas teu neto tem preguiça de picar o fumo tão bem picadinho, como lhe via fazendo, que saudade deu de vc, quando vi o canivetinho e experimentei seus óculos pra ver se enxergava o mundo com os olhos teus. saudade, vô, é uma palavra que vem se acumulando por demais nesse semestre, pena que seja tudo saudade triste, mas quando eu morrer vcs vêm me buscar, os quatro alicerces dos meus acertos: tio filo, vô bendito, vô ulisses e vc, meu pai (eita, quando vou conseguir?). sim, dos meus acertos, pq meus desacertos eu debito ao balão que avoa dentro do meu cabeção. saudade.
talvez seja mesmo esse balão que me faz inflar o cabeção e me deixa meio megalomaníaco, como passo a explicar: um duende me puxou de lado em São Thomé e confidenciou com voz de zé ramalho que estas letras branquinhas são lidas por uma pessoa muito querida, além de vcs tudos, seus queridos batatudos. Ensinou-me o dito duende o caminho para outras letras, pelas quais essa pessoa sente as coisas todas (espero que vc tenha finalmente constatado que pra sempre escreverei à brinca, e vc, desde sempre, escreveu à ganha).
Fato é que eu vou a essas letras e fico pensando que alguns escritos se referem a mim. Megalomaníaco com quase certeza, outro fato é que fico feliz pensando isso, embora o conteúdo me traga sentimentos díspares, como alegria, saudade e medo. Fiz mal a vc? Me pergunto. Não gosto da resposta. Chacoalho o cabeção, o cerebelo se acomoda abraçando o balão. Tomara que não. Não gosto de fazer mal à ninguém, quanto mais às pessoas que mais gosto nesse mundo.