27/01/2008

Ao longo da vida me perguntam que tipo de filme eu gosto, a que emendo a automática: todo tipo, menos de terror. por quê? porque se o filme é ruim eu sinto que paguei pra ser enganado e se o filme é bom eu sofro e sinto que paguei pra sofrer e prefiro gastar meu dinheiro em diversão, sendo certo que sofrer não me diverte (na hora de falar eu não elaboro tanto assim).
Só que os caras inventaram o golpe baixo chamado teaser (úia eu, danifisha, aprendi o que é teaser), que rende as exceções. Uma foi a bruxa de blair I. Fui assistir com minha irmã, então muito novinha. Na volta decidimos quem desceria o portão no dois ou um e impus a ela cuidar do cachorro tarde da noite, já que eu não tinhas solidez emocional para tal.
E agora me vêm com essa coisa aqui. Miseme já avisou que não vai nem com o juvenal. Eu passei mal de medo. Mas os caras conseguiram minha sucumbência. Eu vou ver. Quem for comigo me paga o guaraná que eu pago a pipoca.
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agora que reparei que o argumento é parecidão com o da bruxa de blair, mas esse é roliú roliú mesmo, não só roliú.
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p.s. vejam o teaser, não o trailer (já que agora, dá licença, eu sei a diferença de teaser e trailer). é bem mais legal.

25/01/2008

Parabéns pra minha melhor amiga!!!

Piracicaba é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a 22º43'31" de latitude Sul e a 47º38'57" de longitude Oeste, estando a uma altitude de 547 metros. Sua população estimada em 2005 era de 360.762 habitantes. A cidade é um importante pólo regional de desenvolvimento industrial e agrícola, estando situada em uma das regiões mais industrializadas e produtivas de todo o estado de São Paulo. A região concentra uma população aproximada de 1,2 milhão de habitantes.
Wikipedia apenas erra quando informa que "o nome da cidade vem do tupi-guarani, significado 'lugar onde o peixe pára", visto como ser cediço originar-se dos índios da etnia pyra, viventes à beira do formoso rio, onde havia em profusão os baixos ramos de uma planta que dava um fruto por demais carnudo, que denominavam cycaba.
Quando os índios pyra se preparavam para se divertir nas festas dos jogos jurídicos, eles untavam e besuntavam seu corpo com a polpa do fruto cycaba, e daí temos a origem não apenas da cidade, mas de uma sólida e duradoura amizade.
Porque a jurubeba acreditou piamente nos conhecimentos etnológicos daquele cara semibêbado enquanto vagavam à beira daquele rio, pra esperar o sol nascer, imaginando-o letrado e culto ao extremo.
Diz que se escaldou, que nunca mais acredita, porém isso não é verdade. E pode acreditar sempre.
Éishta mulé se comunicava nas aulas de direito do trabalho por meio de minúsculos papeizinhos, determinantes para que o tempo passasse de maneira razoavelmente agradável ao som da voz do Prof. Sergyo Pynto Martyns (grafia anti-google).
Éishta mulé já apanhou de punks. É meio romana. É a melhor professora da faculdade, sendo retribuída pelos alunos com o mesmo amor com que dá as suas aulas. Já usou uma blusa coalhada de bottons (coisa linda, devia ser isso, Santo Dio). É a generosidade personificada. Brava sim, mas só de fachadinha. É feminista. É corintiana. É colorada. É a paulista mais paulista e mais gaúcha que conheço. Seu tio-avô é herói na revolução. Aliás, falando em tio-avô, tem o senso de família que reconheço em muito poucas pessoas. Tanto a família de onde veio, como a que originou. É ciumenta. Canta como um picharro (também não sei, me veio isso, mas consta que o bichinho canta muitíssimo bem). Seu acesso de riso é contagioso. Diz-se que tinha voz de bluseira aos cinco anos. Adora o bob esponja na mesma proporção que detesta sagu.
Éishta mulé é a mulé do meu melhor amigo, golb.
Éishta mulé zanzava um dia por aí distraída quando Deus olhou-a lá de cima, viu que era merecedora e presenteou-a com uma princesa, de nome Natália, a menina dos olhos de bolinhões azuis e graça incomparável.
Éishta mulé conquista as pessoas e os lugares em que se encontra de uma maneira natural. É por isso e muito mais que é a minha melhor amiga.
Feliz aniversário, jurubeba!

24/01/2008

Subvertamos momentaneamente a ordem e façamos um post novela-das-oito no madureiras. É que o post que fiz no outro ficou bonzão e quero deixá-lo lá, em destaque, um tempinho a mais. Mas eu mando aqui e não tenho que dar satisfação pra ninguém, então leiam, meus queridos:
*
(respira fundo e olha pro teto)
De novo uma resolução de mudança. Ah, como eu queria que fosse fácil. Queria mesmo. Mas não é. Certeza da pista enorme diante de mim, mas patino e patino e patino. Até o al pacino (droga, avacalhei). Então que vire novela da sete e isquindô, isquindô. Putaqueopariu, golbery, eu quero virar um cidadão respeitável, construir coisas, plantar árvores, cuidar de um sítio, ganhar dinheiro. Vc não queria ganhar dinheiro? Vamos ganhar dinheiro, vai. Vou jogar na mega-sena, na sacra hora do osnir. Que nada, vou pra atibas. De novo uma resolução de mudança, ah, como eu queria que fosse fácil. Eu vou lá no negócio da Thais, jurubeba. Vamos estudar algo, todos juntos, pode ser aquelas quintas chico city na tua casa, com a fubá, golbery. De novo uma resolução de mudança.
O que impede seja esta a resolução a que dê certo? Nada impede. Será que vai dar?
A probabilidade é altíssima, se comparada à mega-sena na sacra hora do osnir. Ainda mais, considerando que não vou jogar hoje.
Meu!
Nada impede que essa resolução seja a que dê certo e minha vida mude e eu conquiste tudo que almeje, lutando para tanto a partir de agora.
Antes disso, deixa eu acalmar a veve, pq lá viriam xingamentos de que isso aqui é panelinha, de que devíamos usar e-mail, de que isso, de que aquilo.
E aí, veve, me conte algo, não precisa dizer quem é. Vc é republicana ou democrata? Qual teu vegetal predileto? Conhece o Lochas? Gosta de carne bem passada ou mal passada? Qual o melhor livro que vc já leu? E o melhor filme que já viu? Qual viagem vc fez, que veio à tua mente agora? Tua cor preferida é? Que time é teu? Dentre as três, qual prefere: comida italiana, francesa ou japonesa? Dentre as três, qual prefere: comida mineira, baiana ou paraense? Vc trabalha em quê? Quantos anos vc tem? O que vc acha das FARC? Quem é vc, afinal?
Pronto. Acalmada a fera (e nem vem, até a Val adora a Veve aqui no blog), eu reafirmo:
essa resolução pode ser a que dê certo e minha vida mude muito, pra melhor.
Que assim seja.
Bom dia a todos.
É amanhã, jurubeba.
Tchau procês.

Chicão, um visionário

Deu na Folha de SP:

A tatuagem da meia-idade

Contra a obrigatoriedade de parecerem mais jovens, mulheres enfrentam preconceitos, principalmente de outras mulheres, ao assumir os cabelos brancos

Para a atriz Glória Menezes, 73, o período em que deixou os cabelos naturalmente brancos foi positivo. "As pessoas adoraram, acharam fashion daquele jeito bem curtinho. Queriam que eu continuasse, mas não posso, tenho de mudar conforme os personagens que faço", diz. Ela afirma considerar que a aceitação externa reflete o interior da pessoa. "O importante é se sentir bem, seja com o cabelo branco, vermelho, azul."
Com o público masculino, a professora Mila passou a fazer até mais sucesso com o cabelo novo, ao contrário do que previram as amigas. "Uma vez praticamente fui agarrada por um garoto de 26 anos quando saí para dançar com amigos. Ele não queria nem saber da diferença de idade", conta. "Acho que quem pensa que cabelo grisalho é coisa de velha talvez não saiba como é na Europa, nos Estados Unidos. Acho que ter esse preconceito, sim, é que é coisa de velha."

21/01/2008

São Paulo Fluorescente

Sentado no metrô eu vou
Viajar sem destino
Simular no papel
Carne e plástico
Luzes piscando no subterrâneo

A lua reflete na sarjeta
A água empoçada é um espelho do som
Sob um arco-íris neon


Entre árvores de cimento e flores de aço
o tempo é um pássaro
e a mente fica vazia
até que venha um amor neurótico
até que venha um silêncio erótico
e eu arranco num motor elétrico
que me leva onde a luz é azul
que me leva onde a luz é azul


Marginais
Avenidas
Rios, pontes e overdrives

E você chegou...


Na cidade grande
Nem os diamantes são eternos
Na cidade grande
Ninguém é importante

Somos só
Polaróides da alma
Somos só
Celulóide do sonho

17/01/2008

O madureira passou por aqui e contou uma CONSTATAÇAO.

Nao importam o genero, a classe, a ideologia politica nem a religiáo. Náo importam a opçao sexual, o time pra que torcem nem o grau de instruçao. Fato é que tchananã limpa o bumbum e náo lava a máo.

14/01/2008

- Quéim (com trema), me dijo el pinguin.
- Yo mismo, el madurera! me ocurrió ahora, devia contestarlo.
***
- mozo, ¿centolla es eso? (pergunta madureira, apontando uma lagosta desenhada no cardápio).
- no, centolla es así (contesta o garçom, apontando o caranguejo desenhado em seu avental).
sim, minha gente, eu se viro.
***
madureira preparando-se pra fotografar miseme em puerto madero. Vem berrando de longe o latinoamericano, todo solícito:
- hola, ¿quieres que yo saque una película de la pareja?
- ¡si, por favor, muy amable!
- clic.
o latinoamericano, todo ansioso:
- a ver si quedó buena.
(madureira matuta uma fraçao de segundo: ¿quedó buena?)
madureira desconfiado, ao latinoamericano todo surpreso:
- vc é brasileiro?
- sou.
- eu também.
o latinoamericano, todo brasileiro:
- ah, entao vai tomar banho! (segundinho) brincadeira!
risos e efusivos apertos de mao em puerto madero.
*******
resposta aos comments do post anterior. Por culpa da globo, o sistema de comments náo funciona direito aqui.
gracias, golbery, vou tentar. se engolir o cartao, vc me dá um sauvignon blanc. combinado!*Passioval e Veve, sem briga as duas. Já! Depois do que passamos sábado, eu to com a seguinte estratégia: tamo fudido e mal pago. O que vier é lucro. Queria muito vir pra Ushuaia sem susto. E vim. Agora quero muito ir pra Calafate sem susto. Vamos ver. O bom disso tudo é que até agora só estamos no lucro.*Danifisha, danifisha, a vigilancia sanitaria argentina disse que ta de olho nesses brasileiros que espirram sangue na tela de los ordenadores (adorei lembrar dessa palavra hoje) por aqui. Mas ta de pé!*Kako, a contravolta no argentino malandrinho foi linda, merece um post, mas agora eu vou até ali cuidar de uma situaçao. bratz a todos!

E, aerolineas, vai tomar no cu!

hola, madureirada.
tive a ideia de ir dando noticias ao leu, toda vez que tivermos que levantar as tres da manha pra pegar um voo pro fim do mundo, chegarmos no fim do mundo e a miseme quiser dormir a famosa "uma horinha". Ai vc conhece o hotel inteiro, faz amizade com os pinguins e, como nao havera mais nada a fazer ate terminar a horinha, vc vem pra net dar noticias ao leu.
Medao, medao. Chegou a noticia ai que houve quebra-quebra no aeroporto de buenos aires? pois eh, horinhas antes de desembarcarmos. A argentinada resolveu fazer greve no dia em que embarcamos. O que nos fez trasnferirmos o voo das seis pras nove da noite, amargar em cumbica, amargar mais uma hora e meia ate pegarmos a bagagem pra poder ir pro hotel. Resumindo, fomos dormir as tres da manha, com forte chance de foder com o restante do nosso passeio.
Medao, medao. Comecam os boatos e, pra infelicidade, todos verdadeiros. Gente ha tres dias no aeroporto, ninguem mais entra, ninguem mais sai, porradaria. So que era so no aeroporto de ezeiza, o internacional, e nos viajariamos, como de fato viajamos, saindo do aeroparque, um congonhinhas que tem por aqui. Resultado, apenas uma briguinha com um argentino malandro (pra cima de mim, argentino? eu passo trote no pecece!!) na fila, ganhei do malandro, argentino se jodio e ca estamos, avidos por conocer los pinguines, pero solamente cuando terminar la horita.

10/01/2008

A lenda

Na porta do restaurante e casa de shows Grazie a Dio, no descolado bairro paulistano Vila Madalena, existe um quadro negro em que todos os dias algum funcionário escreve o nome da atração musical e seu estilo. “Marku Ribas: MPB”, eram os dizeres naquela noite. Mas o cantor, que certamente é um dos inventores do samba-rock, protestou, brincando, que as palavras escritas a giz deveriam ser: “Marku, a lenda”.
Cerca de duas horas antes, acompanhei o final da passagem de som do músico com um quarteto. No camarim, antes da segunda pergunta, iniciei a conversa em tom vacilante, perguntando o porquê de sua mudança de Belo Horizonte para São Paulo, ele já me ameaçava. “Você vai ter que fazer mais entrevistas porque só dessa você não vai conseguir. E eu vou ser muito polêmico contigo. Eu acho que vocês para fazer uma entrevista tem que ter no mínimo três tópicos do cara, que ninguém perguntou.”
Nascido Marco Antônio Ribas, há 60 anos, em Pirapora (MG), desde que Marku passou uma temporada na Martinica e Jamaica, a música latina passou a ser uma grande influência em seu som, junto com funk, soul, jazz, samba, bossa e a música das águas do rio São Francisco que conheceu ainda criança. Filho de uma índia caiapó, a música indígena também faz parte do alicerce de Marku.
Inquieto, seu currículo é extenso, trabalhou com Erlon Chaves, Wilson das Neves, João Donato e Erasmo Carlos, entre outros. No caribe, abriu show para James Bronw e conheceu Bob Marley. Gravou com os Rolling Stones no álbum “Dirty Work” (1985), viajou pela África. Também é ator, foi dirigido por Robert Bresson na França e está em filmes nacionais como “Uma Onda no Ar” e “Chega de Saudade”.
Apesar de ter lançado discos como “Underground (1976), “Barrankero” (1978), “Cavalo das Alegrias” (1979) e “Mente e Coração” (1980) cultuados entre colecionadores de vinis, pouco se fala de Marku. No final do ano passado, a Dubas lançou a excelente coletânea “Zamba Ben”, compilado por Ed Motta, que nunca escondeu ser fã de Marku.

Em que medida a cultura popular está na sua música?
Marku Ribas – Para começar não existe o folclore de um lugar, existe o folclore em... folclore em Londres, em Martinica, em Pirapora, com as suas manifestações locais e tudo aquilo que é do DNA, da história cultural.
Outra coisa que você observa quando ouve os grupos que trabalham a música popular é que o segmento social que segura esta manifestação são os pobres, na sua generalidade, e na particularidade, os negros e indígenas.
A primeira festa realmente democrática e popular que existe é o Carnaval. Fora isso pouca gente vai atrás das festas de São Gonçalo, não sabem quando é o reisado....

Mas como foi que você tomou contato com essa cultura?
Marku – Eu nasci em Pirapora, a 360 quilômetros de Belo Horizonte, onde existe um sítio arqueológico indígena de 2.500 anos. E, entre o barranco de Pirapora e o barranco Buritizeiro está o rio São Francisco no meio. São duas cidades fronteiriças uma da outra, igual a Juazeiro e Petrolina, em Pernamubuco e Bahia, igualzinho, com uma ponte no meio.
Então de de onde eu vim, não existe esta cultura por nenhum imposição de governo ou universidade, aquilo está lá porque está lá. As pessoas fizeram a história, viveram, motivaram aquilo e é uma realidade. E isso não é impulsionado por nada, na verdade é até negligenciado.
Como eu vim desta região, não é novidade para mim estas manifestações autênticas, seja de quando a quimbanda, o candomblé era proibido. Como já foi a umbigada, do pessoal estar dançando, a polícia chegar furar os tambores, prender o pessoal, quebrar as portas. Faziam isso.
Esta cultura, na verdade popular, é a base da cultura de qualquer país e principalmente de qualquer cidadão.

E como foi que você teve a sacada de usar baixo elétrico, bateria na sua música?
Marku – Eu sou moderno há muitos anos. Eu sou o modernos dos modernos. Antes de aparecer um piano na minha vida, um violão, eu já estava buscando por mim mesmo.
Minha música é o som dos pássaros, é a água, é a atmosfera do clima. Música é isso, cara.
Quando eu me profissionalizei em 1972, não havia ainda no Brasil essa coisa moderna, que para mim começou com o Airto Moreira, paranaense que começou a tocar bateria e percussão com o Sambalanço.
Na minha opinião, tudo que veio nos anos 1970 começou uma década antes. O momento mais técnico da música brasileiro, mais inspirado, foi nos anos 1960, a época dos trios de piano-baixo e bateria.
Você tinha o Milton Banana Trio, Bossa 3, Som 3, Tamba Trio, Manfred Fest Trio, Jongo Trio, Zimbo Trio.
Foi uma época em que você notava a música criativa, com a influência jazzística, a influência do nosso samba quebrado, a coisa afro...

Como filho de uma caiapó, que importância você atribui para a música indígena?
Marku – Falta reconhecimento para a música indígena. Do que ela nos permitiu para conhecer o resto. Ela é a música que mais permite a intromissão de tudo que eu quiser porque ela é mântrica o tempo todo. Você pode enfiar coisa ali dentro do que você quiser, de timbres....Você quer dois exemplos de discos indígenas que vale a pena você conhecer? Um se chama “Mehinaku” e outro “Caiapó”.
Estes dois trabalhos te mostram as possibilidades da música indígena. A ponto de no “Caiapó”, eles terem feito dois discos o “Ethnic” e o “Fusion”. O primeiro é só original é a mulherada, os meninos, os velhos, os cantos, as flautas deles. E o segundo é com piano, baixo, violão. E aí o pau quebra. São impressionantes os discos. Infelizmente, a música indígena é ignorada no Brasil. Eu tenho pena dos ignorantes, mas eu sei que não é fácil ter acessso, se tiver preguiça não acha.

Por ter nascido em Pirapora, você vê alguma relação do São Francisco com a sua música?
Marku – O rio São Francisco é tão imporante quanto o rio Nilo africano e o Mississipi. Eu tinha um programa na TV Bandeirantes lá em Minas, que se chamava “Contando e Cantando”, em que eu entrevistava esse povo da roça, pedia para contarem “causos”, cantava com eles. Eu queria salvar as águas, isso tudo era um pretexto para dizer vocês estão vendo estes caras na televisão? Eles vivem aqui, se vocês gostam do que eles fazem, vocês tem que conservar onde eles moram. Se você não preservar o artista, você acaba com a arte.
Chega de ser estúpidos, brasileiros, não vendam o artista, vendam a arte do cara.

O que você acha do samba-rock?
Marku – É só um rótulo, como lambada, um rótulo. Não é um ritmo.

Mas você voltou a ficar conhecido por causa do samba-rock...
Marku - Voltei por quê? Eu fui conhecido e depois fui esquecido?

Então, vamos dizer assim, você ficou conhecido pela minha geração...
Marku – É bom explicar.... Se você nasceu hoje e ainda não tem dente. Se vire, porque existe mandioca, um monte de comida dura que você vai ter que mastigar. É você que nasceu agora e não tem dente. Não queira que eu tire os meus dentes para começar a fazer dente hoje. Eu já mastigo há muitos anos.